O Mistério dos Animais Escondidos

    Em um ensolarado sábado, 16 de junho de 2012, Ariquemes vivia um dia especial.

O tão esperado Parque Botânico abria suas portas após anos de reestruturação. Pedro e Luísa, curiosos e intrépidos irmãos, não poderiam deixar de estar presentes nesse momento.

    À medida que adentravam o parque, as memórias da cidade pareciam sussurrar entre as folhas das árvores. Havia uma lenda urbana que contava sobre animais que haviam se escondido na vegetação após o fechamento do antigo zoológico. Muitos a consideravam apenas um mito, mas para os irmãos, era uma aventura a ser desvendada.

    A jornada pelos novos caminhos do parque trazia surpresas a cada curva. Ao seguir pegadas que pareciam pertencer a criaturas não tão comuns, eles cruzavam com araras coloridas e papagaios tagarelas. Macacos observadores acompanhavam de perto os passos dos jovens, seus olhares parecendo esconder histórias ainda não contadas.

    Uma clareira, oculta aos olhos de visitantes comuns, se revelou diante de Pedro e Luísa. Nela, uma incrível descoberta: animais que carregavam a sabedoria dos anos, claramente vindos do antigo zoológico. O destaque era um tigre de pelagem já desbotada pelo tempo, mas com olhos que brilhavam de vitalidade e segredos.

    Com uma linguagem silenciosa, apenas entendida por corações abertos, o tigre contou sua história. Ele e seus companheiros haviam esperado pacientemente, protegidos pela espessura da floresta, pelo dia em que poderiam viver livremente novamente. A reabertura do parque trouxe novos amigos e, juntos, formaram uma família diversificada, onde cada um cuidava e respeitava o outro.

    Pedro e Luísa, tocados pela narrativa do tigre e pelo milagre que se desenrolava diante de seus olhos, juraram guardar o segredo daquele lugar mágico. Em seus corações, carregaram a missão de zelar para que o Parque Botânico de Ariquemes fosse sempre um santuário para todas as criaturas que ali habitavam. E assim, os contos de mistérios e magia continuavam a florescer em cada canto do parque.

Autor: Professor Cleidson Granjeiro